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Ciganos na Hungria: história, música, dança e arte
Qual a origem da noção de “música cigana”? Como se caracteriza essa música? A quais territórios culturais o termo se refere?
Para responder estas e outras perguntas, o curso visita referenciais da musicologia húngara, elucidando a problemática conceitual em torno da noção de “música cigana” e sua relação com o ambiente musical e sociopolítico da Hungria, durante os séculos 18, 19 e 20.
São apresentadas as relações de convergência e divergência sociocultural entre os contextos rural e urbano, aspectos relativos a profissionalização de músicos ciganos romungre e a contribuição destes ao desenvolvimento e preservação de tradições musicais folclóricas e populares húngaras.
Desde o âmbito de tais distinções, apresentamos especificidades relativas às tradições musicais de vertente propriamente romani, protagonizadas pelos vlax roma. Detalhamos os gêneros constitutivos de sua tradição musical, suas características rítmicas e melódicas, aspectos linguísticos de suas canções, sua relação com a prática da dança, bem como, com a organização social das referidas comunidades e seus valores morais.
Apresentamos, ainda, um histórico do Movimento de Folclore Romani, desenvolvido a partir da década de 1970 e seus principais protagonistas nos campos da música, dança, artes e literatura. Em maior detalhe, abordamos a criação dos ensembles profissionais de música romani, a modernização estilística do repertório vlax tradicional, bem como, as implicações políticas do referido movimento cultural até, finalmente, sua consolidação no cenário musical global contemporâneo.
A parte final do curso oferece uma experiência empírica do repertório musical vlax romani. Por meio da prática de canções selecionadas, são exercitados textos, melodias e padrões rítmicos característicos.
Carga horária: 4 horas
Ciganos na Romênia: da escravidão ao apogeu musical
Neste curso, visitamos a história e a cultura do povo romani na Romênia. Iniciamos o percurso no século 14, quando dos primeiros registros atestando a presença de ciganos que, na condição de escravos, serviam aos voivodas (príncipes), boiardos e monastérios ortodoxos dos principados da Valáquia e da Moldávia.
Para a compreensão sobre a organização social dos principados romenos antes da unificação, abordamos o sistema classificatório etno-socio-profissional que traduz a condição das populações ciganas até sua emancipação, no final do século 19.
Visitamos detalhadamente a história dos lautari, o segmento de ciganos que serviam musicalmente a nobreza e vieram a se transformar na classe de músicos profissionais do país. Buscamos compreender as variadas influências que marcaram os diálogos musicais estabelecidos pelos lautari, em especial aquelas otomanas, que legaram um conjunto de características rítmicas e melódicas distintivas ao seu repertório musical.
Apresentados os gêneros vocais e instrumentais que constituem a chamada muzica lautareasca (a música feita pelos lautari), abordamos, mais detalhadamente, a chamada manea, percorrendo o seu desenvolvimento desde o século 16 até o período pós-1989, quando, encerrado o regime comunista, a chamada “música oriental” se estabeleceu como principal gênero romani, no país.
No que tange às manele, visitamos suas características rítmico-melódicas, conteúdo temático das letras, instrumentação, dança, assim como, seu contexto de performance, principais intérpretes e a estética visual que caracteriza seus produtos discográficos.
A parte final do curso oferece uma experiência empírica da música romani, por meio da prática de uma canção selecionada, são exercitados texto, melodia e ritmo característicos da chamada manea romena.
Carga horária: 4 horas